Sugestão de Portfolio Conservador
Introdução:
A criação de um portfolio de investimento está sempre dependente de vários factores: os objectivos financeiros, o horizonte de tempo, da tolerância ao risco e das circunstâncias particualres de cada investidor.
Dito isto, e tendo em conta que Portugal tem uma população com um baixo nível de literacia financeira, tentarei abaixo descrever o que considero ser um portfolio simples, didático, focado do médio-longo prazo e replicável para diversas escalas de investimento.
Não só me limitarei a expor o instrumento financeiro e a explicar o seu funcionamento mas também o porquê de o escolher, sempre pensando naquilo que é a realidade financeira mais comum do cidadão português.

Primeiro Instrumento
Certificados de Aforro
(50% do portfolio)
- Segurança: Certificados de Aforro são considerados investimentos de baixo risco, uma vez que são emitidos pelo governo e oferecem capital e juros garantidos.
- Liquidez: Geralmente, pode resgatar Certificados de Aforro com relativa facilidade, tornando-os adequados para necessidades de liquidez no curto prazo.
- Estabilidade: Estes instrumentos podem servir como uma âncora estável no seu portfólio, ajudando a preservar o capital.

Segundo Instrumento
ETFs
(40% do portfolio)
- Diversificação: Os ETFs são uma excelente maneira de obter exposição a uma ampla variedade de ativos subjacentes, como ações, commodities e índices, o que ajuda a reduzir o risco.
- Potencial de Crescimento: Dependendo dos ETFs escolhidos, você pode encontrar oportunidades de crescimento a longo prazo, o que pode melhorar o desempenho do seu portfólio.

Terceiro Instrumento
Ações
(10% do portfolio)
- Crescimento de Capital: Investir em ações pode fornecer um potencial significativo de crescimento de capital a longo prazo, uma vez que as ações tendem a superar outros ativos em termos de retornos ao longo do tempo.
- Diversificação Adicional: Mesmo com uma alocação relativamente pequena em ações, você ainda obtém alguma diversificação adicional em relação aos Certificados de Aforro e ETFs.

A ter em conta
Tolerância ao Risco: Se você tem uma baixa tolerância ao risco, uma alocação maior em Certificados de Aforro pode ser apropriada devido à sua segurança. Se for mais tolerante ao risco, pode alocar mais em ações para procurar retornos potencialmente mais elevados.
Horizonte de Tempo: O período de tempo em que você planeia manter os seus investimentos também é importante. Se você tiver um horizonte de tempo mais longo, pode dar-se ao luxo de ser mais agressivo e investir mais em ações.
Objetivos Financeiros: Se os seus objetivos financeiros incluírem a preservação do capital, mas também o crescimento, esta alocação pode ser uma maneira de equilibrar esses objetivos.
Conclusão:
Caso nunca tenha pensado em construir o seu portfolio de investimento, deixo aqui esta sugestão com um nível de risco baixo, uma perspectiva de investimento de longo prazo, mas também o investimento em ações que pode ser didático e ao mesmo tempo interessante em termos de retorno e diversificação.
Por último, todos os ativos mencionados estão disponíveis a partir de uma baixo valor de investimento. Desta forma, este "desenho" de portfolio pode aplicar-se a todo o tipo de montante.
Espero que encontro um portfolio que equilibre as suas expectativas com as suas tolerâncias e que consiga obter um resultado melhor do que deixar o seu património parado numa conta à ordem, onde ele perderá valor sistematicamente.